Charlie e a Fábrica de Chocolate

Charlie e a Fábrica de ChocolateTítulo original: Charlie and the chocolate factory
Realizador: Tim Burton
Actores: Johnny Depp, Freddie Highmore
Música: Danny Elfmann
Duração: 115 min.
Ano: 2005
Tipo: Aventura / Comédia / Família / Fantasia

O cinema fantástico consegue narrar estórias onde se encerra uma grande sabedoria. É o que acontece neste caso. Um rapaz tinha um sonho: criar a maior e melhor fábrica de chocolates. Conseguiu o seu objectivo. No entanto, devido a intrigas, fechou a fábrica ao exterior e à comunicação social. Encerrou-se no seu mundo. Mas a qualidade do chocolate e uma excelente distribuição, aliado a boas campanhas de marketing, faziam aumentar os lucros…
Um dia surgiu a grande notícia. O responsável da empresa ia abrir as portas da fábrica a cinco crianças, com um respectivo adulto acompanhante. Para isso, as crianças tinham de encontrar um dos cinco “bilhetes dourados” colocados à sorte nas embalagens. As vendas dispararam. Foi um golpe publicitário de mestre. Os bilhetes foram descobertos e as crianças mais os adultos entraram na fábrica. O objectivo depois da visita terminada, era oferecer um presente grandioso à criança que merecesse. Mas ninguém sabia a que provas seriam sujeitos…
Cada criança tinha a sua individualidade, a sua família, hábitos sociais e educação. Ao longo da visita à fábrica, foram-se revelando o modo de ser e a maneira de se comportarem das crianças e dos adultos. E este é o ponto interessante. O líder da empresa estava mais interessado no modo de ser, do que nas capacidades que cada um possuía. Preferia o “ser” ao “ter”. Procurava qualidades humanas, virtudes e hábitos operativos vividos e curtidos no dia a dia. Não lhe interessavam capacidades técnicas e conhecimentos acumulados. No final, venceu a criança mais honesta, sincera, aberta ao desconhecido, que se deixava maravilhar com a inovação. Ficámos então a saber o “presente” que ia receber: ser o próximo sucessor e dirigente da fábrica!
Quando tudo parecia acabar bem, a criança recusou. Não se queria separar da família. Fora ela quem permitira que ele fosse quem era e ganhasse o prémio. Eles teriam de ir viver para o grandioso complexo da fábrica. Senão, não aceitava vir a dirigir a empresa. O líder hesitou. É que a sua história pessoal não era um conto de fadas… mas o final do filme será.
Tópicos de análise:
1.    A credibilidade de uma empresa baseia-se na qualidade do produto.
2.    Na selecção da equipa, interessa mais a pessoa em si do que as suas capacidades técnicas.
3.    Preparar a sucessão é uma função essencial de um bom líder.
4.    A família e a profissão são os pilares da realização pessoal.

Charlie e a Fábrica de Chocolate