
Sandra Gomes (nutricionista) :: 2008.06.11
Certamente que sim, fazendo as escolhas acertadas! É óbvio que em casa é mais fácil, mas para uma grande parte das pessoas comer sempre em casa nem sempre é possível. Portanto, devemos procurar fazer uma alimentação saudável, onde quer que estejamos: casa, cantina, restaurante…
Na maior parte dos locais com fornecimento de refeições existe pelo menos uma opção mais acertada, para uma refeição ou merenda do dia-a-dia, mas que geralmente não é tão visível nem publicitada. A título de exemplo, para uma refeição principal: sopa de hortícolas (em vez de outras entradas), estufados, cozidos ou grelhados (em vez de fritos), água (em vez de sumos); fruta fresca (em vez de sobremesas doces); para uma merenda: pão (em vez de bolos), queijo meio-gordo ou pouco gordo ou fiambre (em vez de manteiga), fruta fresca (em vez de refrigerantes).
Esta disponibilidade pode ser cada vez maior se existir pressão por parte do consumidor. Procure pressionar os locais que frequenta, no sentido de disponibilizar o maior número de escolhas acertadas, dando as suas sugestões. Tendo em consideração que a disponibilidade alimentar actual facilita uma alimentação incorrecta é preciso estarmos mais atentos e preparados para “remarmos contra a maré”. Os padrões de consumo actuais, aliados ao sedentarismo, contribuem em parte para sermos um dos países da Europa com maior prevalência de excesso de peso e obesidade.
A alimentação saudável é simples, completa, variada, equilibra, ecológica e sobretudo saborosa!
Nunca se esqueça de outro componente essencial ao bem-estar físico, e também psicológico: ser activo no seu dia-a-dia (e.g., subir escadas em vez de optar pelo elevador ou pelas escadas rolantes, sair numa paragem mais afastada do local para onde pretende ir, …). São os pequenos gestos, diários e sustentáveis, que fazem a diferença! ! Pode ajudar a mudar o mundo, “pensando globalmente e agindo localmente”!
Adaptado de:
Gomes S, Franchini B, Vaz de Almeida MD. Escutismo e Hábitos Alimentares. In: Flor de Lis [Órgão Oficial do Corpo Nacional de Escutas]. 2008; Março (1176): 8.