
A taxa de juro implícita do conjunto dos contratos de crédito à habitação manteve a sua tendência crescente no mês passado. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa atingiu o valor médio de 5,868 por cento, o que representa um aumento de 0,083 pontos percentuais face a Setembro. Esta evolução ainda não reflecte a baixa da taxa euribor que se verifica há mais de um mês.
Contudo, adianta o INE, a taxa de juro dos contratos celebrados nos últimos três meses diminuiu 0,020 pontos percentuais, fixando-se em 5,826 por cento. Já quando considerados os prazos dos últimos seis meses e de 12 meses, as taxas de juro mantiveram o acréscimo evidenciado no mês passado, aumentando respectivamente 0,015 e 0,026 pontos percentuais.
A subida da taxa de juro no crédito à habitação em Outubro abrangeu todos os destinos de financiamento, desde os contratos de crédito respeitantes a aquisição de terreno para construção de habitação, passando pela construção de habitação, até chegar à aquisição de habitação. As taxas de juro implícitas nos referidos contratos situaram-se em 5,763 por cento, 5,882 e 5,865, respectivamente.
Tendo em atenção os últimos três meses, o INE revela que as taxas de juro diminuíram nos contratos para construção de habitação e aquisição (respectivamente para 5,872 por cento e 5,824), ao passo que aumentaram em relação aos contratos para aquisição de terreno para construção de habitação (5,965 por cento).
Quanto aos regimes de crédito, ambos registaram uma evolução crescente das taxas de juro, passando para 5,755 por cento no regime geral e 6,349 no regime bonificado total.
De acordo com o INE, “no mês de Outubro, o valor médio do capital em dívida no total dos contratos de crédito à habitação em vigor atingiu 54.650 euros, mais 68 euros que no mês anterior”.
Para os contratos associados à aquisição de habitação, o valor médio do capital em dívida no mês passado foi de 58.691 euros, mais 73 euros do que em Setembro. Já nos contratos para construção de habitação foi de 41.721 euros, um aumento de 16 euros em relação ao mês anterior. Os contratos associados à aquisição de terreno para construção de habitação registam o valor médio do capital em dívida mais elevado (92.230 euros), mas diminuíram 14 euros em relação a Setembro.
Ana Rita Faria
24.11.2008