
Diário Digital : 2009.11.10
A Noruega encabeça a lista dos maiores doadores de ajuda humanitária do mundo, em que Portugal surge na vigésima terceira posição, segundo um relatório divulgado hoje pela Associação para a Investigação da Assistência ao Desenvolvimento (DARA).
«Todos os anos, mais de 250 milhões de pessoas sofrem com os desastres naturais e guerras e, com as crescentes alterações climáticas, estas condições pioraram», afirmou numa conferência de imprensa José Maria Figueres, ex-presidente da Costa Rica e membro da direcção da DARA.
O grupo divulgou hoje o seu terceiro «Índice de Resposta Humanitária» que classifica a forma como os Governos de 11 países e a Comissão Europeia administram, distribuem e controlam a ajuda concedida para colaborar com as populações afectadas pelos desastres naturais ou conflitos.
“Quando a ajuda humanitária que os governos concedem supera os 10 mil milhões de dólares todos os anos, precisamos de medir a eficácia e como se administra”, acrescentou Figueres.
No índice da DARA, a Noruega substituiu este ano a Suécia como o doador que melhor cumpre com os parâmetros estabelecidos pelo organismo para medir o desempenho dos países e entidades doadoras.
Seguem-na por ordem decrescente a Suécia, Irlanda, Dinamarca, a Comissão Europeia, Holanda, Luxemburgo, Suíça, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, Finlândia, Canadá, Estados Unidos, Espanha, Alemanha, Bélgica, Áustria, Japão, França, Itália, Grécia e Portugal.
Silvia Hidalgo, directora da DARA, assinalou que “a crise económica está a ter um impacto no financiamento da ajuda humanitária mas, uma vez que na maioria dos países doadores essa ajuda foi orçamentada a longo prazo, o montante dos fundos não mudou muito. Em contrapartida, a ajuda privada diminuiu”.
Para a elaboração do seu índice, a DARA enviou observadores a 13 regiões de catástrofes ou conflitos, onde ocorreram no último anos mais de 325 desastres naturais e os 39 conflitos armados.
Em 2008, pelo menos 260 trabalhadores da ajuda humanitária foram assassinados, sequestrados ou feridos gravemente em ataques violento.
Fonte:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=13&id_news=420317&page=0