
No passado dia 15 de maio, Dia Internacional da Familia, a In Familia promoveu o Encontro Pro Vida e Pro Familia , em parceria com a Pastotal Familiar de Viana do Castelo.
Partilhamos as Conclusões do mesmo!
O primeiro painel, designado “Por uma Cultura da Vida”, começou com a intervenção da Psicóloga Dra. Maria José Vilaça, intitulada “O mal que o aborto faz”. Referiu que, embora nem toda a gente reaja da mesma forma, cerca de oito semanas depois de realizado o aborto, verificam-se muitos problemas de ordem física e psicológica, porque o aborto provoca efeitos traumáticos que perduram durante anos e anos.
Sublinhou que o trabalho pró vida não se destina a condenar ninguém, mas tem apenas como finalidade ajudar as pessoas no seu caminho de encontro à Verdade, entendendo esta como a correspondência ao projeto e ao sonho que Deus tem para cada um de nós.
A seguir, registou-se a intervenção do Dr. José Miguel Lopes, médico paliativista, Coordenador da Equipa Comunitária de Suporte em Cuidados Paliativos da Unidade Local de Saúde do Alto Minho. Disse-nos que, falar da vida implica falar do fim de vida e convidou-nos a levarmos connosco a mensagem de que os Cuidados Paliativos celebram a vida e buscam a qualidade de vida das pessoas. Sublinhou que, acima de tudo, são cuidados às pessoas, para que possam estar bem.
As pessoas querem viver e quem as ajuda a viver, evitando outras situações que não ajudam a viver, mas a morrer – e isto não é o que as pessoas querem.
Interveio a seguir o Professor João Duque, da Universidade Católica. Referiu-se à vida, como um acontecimento geral do ser humano, um fluxo vital: “Não devemos magoar nenhum ser vivo, porque ele sente e sofre. Este é um princípio geral, ainda que a nós, interessa-nos, sobretudo, reconhecer a sacralidade da vida humana, porque toda a vida é intocável desde o seu início”.
Continuou dizendo que convém sempre distinguir a vida humana de outras vidas, como a vegetal ou a animal, porque a vida humana é a única que tem a responsabilidade de escolher em liberdade. É essa capacidade que está na origem da dignidade da vida humana, isto é, a dignidade assenta na responsabilidade. Esta vida precisa de ser encarada como dádiva gratuita e, como tal, indisponível para ser usada a nosso bel prazer. Esta vida pessoal, sendo resposta, é incondicional: não somos nós nem a sociedade a colocar as condições; é uma vida que se caracteriza, não pela felicidade própria, mas pelo viver para o outro, o qual também está à nossa responsabilidade.
“Não somos donos da vida” – afirmou a terminar.
Seguiu-se a intervenção do Dr. António Pinheiro Torres, Vice-Presidente da Federação Portuguesa pela Vida, começando por referir que este Encontro em Viana era o início de uma caminhada, na qual olhamos para o bem que vem, sem olhar a quem. Continuou sublinhando que o nosso foco consiste em afirmar que existem alternativas ao aborto e à eutanásia: “O nosso foco é o bem das pessoas! Mesmo os nossos adversários, são uma oportunidade para propormos o bem, porque podem sempre mudar de opinião.
Por outro lado, sossegou-nos dizendo para não nos preocuparmos com a forma como fazemos o nosso trabalho a favor da vida. Interessa, sim, fazê-lo o melhor que pudermos e soubermos, porque haverá sempre quem esteja de acordo e quem não esteja.
No fim, irá acabar bem, e isso é que importa!
Seguiu-se o segundo painel, sob a designação “Por uma Cultura da Família”, que começou com a exibição de um pequeno vídeo, interpelando-nos acerca dos fundamentos e das finalidades do casamento, enquanto união para toda a vida. Foi focado que o casamento apresenta como finalidades o bem conjugal e a geração e educação dos filhos e que a unidade aumenta, preservando a fidelidade.
“Quem se busca a si próprio, perde-se e quem se perde, encontra-se. A felicidade alcança-se ao fazer o outro feliz”, foi a frase principal deste vídeo.
Das intervenções dos casais convidados (Eduarda e André e Cecília e Rui), retemos a ideia da aposta no fortalecimento do casamento, mediante a fidelidade e o compromisso. Por outro lado, a convergência de critérios na educação dos filhos, sendo que o principal critério é a própria qualidade da relação entre o casal, que é sempre visível para os filhos.
“Agarrar os filhos” é fundamental! – no sentido de os sabermos sempre acompanhar, ajudando-os na tomada de boas decisões e a serem felizes!
A terminar e como conclusão final, fomos todos convidados a sermos protagonistas na defesa dos valores da vida e da família. Hoje somos poucos, mas amanhã seremos milhões!
Bem hajam!!!