A solidariedade é sentida como o primeiro e mais expressivo dever de humanidade. Por isso se rebela a inteligência e o coração contra os muros que se erguem e contra os mortos que ninguém chora.
Eutanásia e o «mito da autonomia»

A solidariedade é sentida como o primeiro e mais expressivo dever de humanidade. Por isso se rebela a inteligência e o coração contra os muros que se erguem e contra os mortos que ninguém chora.
Onde estão os filhos e netos destas pessoas? É assim tão difícil ter um dia da semana destinado à avó? Os putos estão assim tão ocupados com o business plan idealizado pelos pais?
Uma vez ultrapassado o interdito “não matarás”, a sociedade entra na rampa do descarte dos que já não lhe são úteis.
É hora de as mulheres livres de Portugal exigirem o respeito que é devido ao seu corpo e à sua dignidade. A maternidade não se aluga: há-de ser sempre um exercício de liberdade e de amor responsável.
A eutanásia não é um direito, mas a violação do mais irrenunciável dever jurídico e moral: o de respeitar a vida humana, que é digníssima desde o instante da concepção até ao momento da morte natural.
Na antiguidade não existia a noção de dignidade da vida humana. O homem tinha o valor que a sociedade ou o Estado lhe concediam. Em civilizações mais desenvolvidas, como Roma ou a Grécia, o cidadão tinha vários direitos e estava
Nunca pode haver a garantia absoluta de que o pedido de eutanásia é verdadeiramente livre, inequívoco e irreversível. Muitas vezes, traduz um estado de espírito momentâneo, que pode ser superado.
[featured-img] O debate sobre a eutanásia promete ser aceso, mas não pode passar ao lado de uma realidade ainda mais urgente e fracturante: se todos temos cuidados ao nascer, também temos que ter cuidados ao morrer
Quando o sofrimento é grande, particularmente na ausência de cuidados, o que o doente pede é ajuda. Não consigo imaginar que no serviço de cuidados paliativos em que trabalho pudesse ocorrer, intencionalmente, a morte provocado pelos médicos. E o que